A árvore que deu origem ao nome da
cidade: Arapiraca
Segundo conta uma tradição do povo, remanescente do próprio fundador, a palavra Arapiraca tem origens indígenas e, por analogia, significa: "ramo que arava visita". Entretanto, a luz da ciência, trata-se de uma árvore (foto ao lado) da família das Leguminosas Mimosáceas - Piptadênia (Piteodolobim), uma espécie de angico branco muito comum no Agreste e no Sertão e que o povo, a sua maneira, denomina de Arapiraca
Caracterização do Território Arapiraca está localizada na micro-região de Arapiraca, na meso-região do Agreste alagoano a 135, 7 Km da capital, Maceió. Possui Área Total de 366,0 km2, com densidade Demográfica de 509,47 hab/km2 e altitude de 264 m. Com clima temperado, possui temperatura máxima de 37º e mínima de 31º. No período considerado na região nordeste com inverno, de março a julho, temos temperaturas favoráveis a certos períodos relativamente frios. Limita-se com Coité do Nóia, Craíbas, Feira Grande, Girau de Ponciano, Igaci, Junqueiro, Lagoa da Canoa, Limoeiro de dia e São Sebastião. Fonte: com base no Anuá
1- Grande Arapiraca -Alagoas
Arapiraca tem sua economia baseada na cultura do fumo, sendo conhecida até a década de 1980 como a capital brasileira do fumo, perdendo este posto na década de 1990 para cidades do sul do Brasil. Chegou a produzir 15% da produção nacional. Atualmente, responde com cerca de 9% dessa produção. Vários fatores foram decisivos para que ocorressem mudanças na organização da produção fumageira, dentre eles podemos citar: altas taxas de juros, concorrência com mercados internos e externos, baixa tecnificação, queda no consumo etc. A atividade fumageira, geralmente realizada por pequenos produtores rurais, foi continuamente sendo suplantada por outras culturas ou simplesmente, com estes produtores migrando para a cidade. Parte dos pequenos produtores rurais, sem recursos para alavancar a produção, migrou para culturas menos dispendiosas, como as hortaliças, por exemplo. Esta situação econômica, favoreceu o empobrecimento da população, o processo migratório, a ampliação da miséria local e, o arrefecimento do comércio que, em última instância, sobrevivia da cultura fumageira. O processo de reestruturação produtiva ocorrido na cultura fumageira, dificultou, também, a condição de vida dos assalariados do campo. Estes, abandonados a própria sorte, ao migrarem para as cidades circunvizinhas e a própria sede do município, com a falta de incentivos públicos, ficaram nas fileiras do desemprego e sub-emprego, ocasinando o inchaço das cidades, o favelamento, problemas de ordem socio-econômica e educacional. O processo de reestruturação produtiva, ocorrido em todo o Brasil, que sofreu agravantes na região fumageira, por não possuir alternativas de trabalho e renda. O fim do sistema de morada, também ocasionou o crescimento positivo da quantidade de excluídos do mercado de trabalho que, por não ter outra alternativa, de moradia ou de trabalho, passam não para a chamada mão-de-obra de reserva, com a possibilidade futura de encontrar empregos, mas de exclusão. Esta exclusão, ocasiona problemas deste organização familiar deteriorada pela ausência de empregos, ao desânimo total. Arapiraca, que possui eu seu hino oficial o lema da sua principal fonte econômica " Ouro Negro", teve que redimensionar suas atividades para poder sobreviver. De cultura quase que exclusivamente agrícola, sem indústrias de porte significativo, como é caso do próprio Estado de Alagoas, passou a sobreviver de um comércio sustentado por recursos oriundos do funcionalismo público, aposentadorias, programas assistenciais do governo, tendo em vista a sua dimensão demográfica, ser cidade pólo e corresponder ao que passou a ser conhecido como grande região fumageira, englobando cerca de 10 cidades produtora de fumo.
POSTADO POR ARAPIRACA.
MARCADORES: ECONONOMIA ARAPIRAQUENSE